"Meu Deus", é a única frase que consigo expressar quando me lembro da chegada à 4:30hs. da manhã no aeroporto de Mumbai. Muita gente, desorganização, sujeira, burocracia. Filas intermináveis para tudo... várias delas... e estas filas não são nem um pouco respeitadas, se bobiar passam grupos e grupos de pessoas na sua frente... ou até por cima... sem o menor constrangimento. Depois de passar por estressantes filas, muitas totalmente sem sentido, fomos até o desembarque das malas. Aí começou uma loucura total, procurando pela esteira do nosso voô, fomos parar no meio de um outro desembarque, onde ficamos sabendo mais tarde que estas pessoas," milhares delas" na verdade, estavam chegando de uma peregrinação e traziam com elas galões de água, considerada sagrada. Vou resumir o acontecimento que durou minutos e para mim parecia não ter fim, De repente estava eu perdida, levada pela multidão sem nem sequer poder movimentar os braços, no meio de um "mar" de homens de branco e mulheres de preto só com os olhos à mostra. Muitas delas se aglomeravam junto com galões de água e caixas enormes, sentadas no chão molhado e sujo, enquanto homens de branco se agitavam falando alto em seus idiomas, tiravam seus pertences das esteiras, gesticulavam muito, tudo isso ao mesmo tempo. Eu tentava sair dali e não conseguia, me empurravam de um lado para o outro, como se eu não existisse, tive que escalar as bagagens e galões para sair daquela loucura. Finalmente encontrei meu marido e minha filha e imagino que ficamos esperando por nossas malas por no mínimo uma hora. Em seguida enfrentamos a pior parte, passar por corredores intermináveis, lotados de homens de branco e mulheres de preto com seus carrinhos super lotados com bagagens gigantes.Todos queriam sair ao mesmo tempo e por cima de quem tivesse na frente. Mulheres de preto rumavam seus carrinhos em nossos calcanhares e empurravam sem dó nem piedade, por três vezes parei e olhei bem dentro dos olhos delas e pedi calma, paravam por um momento e depois recomeçavam. Os homens balbuciavam palavras de uma forma grosseira e te atropelavam da mesma forma. Meus pulsos começaram a doer terrivelmente por apoiar as malar e tentar conduzi-las pelos corredores sem espaço. Finalmente a porta de saída, ela era de duas folhas, mas para dificultar uma das folhas estava fechada... do lado de fora milhares de pessoas esperavam as famílias branco e preto. Foi difícil a saída e depois encontrar nosso motorista, já no carro seguimos viagem rumo a Pune. Mais algumas horas na estrada, nosso motorista com sua unha do dedinho grande, dormiu no volante por várias vezes, nós ficávamos chamando ou cutucando a todo momento. Eu estava tão estressada com o aeroporto, que a loucura do trânsito nem me afetou. Chegamos em Pune às 9:30hs., ver milha filha foi como um calmante, em segundos tudo estava bem. Entendam que com esse relato não quero de forma alguma ofender ninguém e muito menos falar de culturas que não tenho conhecimento, as expressões usadas foi uma forma da expressar minha experiência e com uma visão muito própria desse momento da nossa chegada ao aeroporto, fiquei sabendo que nem sempre é assim, foi uma infeliz coincidência.
03/01/2011
Chegada à Índia
"Meu Deus", é a única frase que consigo expressar quando me lembro da chegada à 4:30hs. da manhã no aeroporto de Mumbai. Muita gente, desorganização, sujeira, burocracia. Filas intermináveis para tudo... várias delas... e estas filas não são nem um pouco respeitadas, se bobiar passam grupos e grupos de pessoas na sua frente... ou até por cima... sem o menor constrangimento. Depois de passar por estressantes filas, muitas totalmente sem sentido, fomos até o desembarque das malas. Aí começou uma loucura total, procurando pela esteira do nosso voô, fomos parar no meio de um outro desembarque, onde ficamos sabendo mais tarde que estas pessoas," milhares delas" na verdade, estavam chegando de uma peregrinação e traziam com elas galões de água, considerada sagrada. Vou resumir o acontecimento que durou minutos e para mim parecia não ter fim, De repente estava eu perdida, levada pela multidão sem nem sequer poder movimentar os braços, no meio de um "mar" de homens de branco e mulheres de preto só com os olhos à mostra. Muitas delas se aglomeravam junto com galões de água e caixas enormes, sentadas no chão molhado e sujo, enquanto homens de branco se agitavam falando alto em seus idiomas, tiravam seus pertences das esteiras, gesticulavam muito, tudo isso ao mesmo tempo. Eu tentava sair dali e não conseguia, me empurravam de um lado para o outro, como se eu não existisse, tive que escalar as bagagens e galões para sair daquela loucura. Finalmente encontrei meu marido e minha filha e imagino que ficamos esperando por nossas malas por no mínimo uma hora. Em seguida enfrentamos a pior parte, passar por corredores intermináveis, lotados de homens de branco e mulheres de preto com seus carrinhos super lotados com bagagens gigantes.Todos queriam sair ao mesmo tempo e por cima de quem tivesse na frente. Mulheres de preto rumavam seus carrinhos em nossos calcanhares e empurravam sem dó nem piedade, por três vezes parei e olhei bem dentro dos olhos delas e pedi calma, paravam por um momento e depois recomeçavam. Os homens balbuciavam palavras de uma forma grosseira e te atropelavam da mesma forma. Meus pulsos começaram a doer terrivelmente por apoiar as malar e tentar conduzi-las pelos corredores sem espaço. Finalmente a porta de saída, ela era de duas folhas, mas para dificultar uma das folhas estava fechada... do lado de fora milhares de pessoas esperavam as famílias branco e preto. Foi difícil a saída e depois encontrar nosso motorista, já no carro seguimos viagem rumo a Pune. Mais algumas horas na estrada, nosso motorista com sua unha do dedinho grande, dormiu no volante por várias vezes, nós ficávamos chamando ou cutucando a todo momento. Eu estava tão estressada com o aeroporto, que a loucura do trânsito nem me afetou. Chegamos em Pune às 9:30hs., ver milha filha foi como um calmante, em segundos tudo estava bem. Entendam que com esse relato não quero de forma alguma ofender ninguém e muito menos falar de culturas que não tenho conhecimento, as expressões usadas foi uma forma da expressar minha experiência e com uma visão muito própria desse momento da nossa chegada ao aeroporto, fiquei sabendo que nem sempre é assim, foi uma infeliz coincidência.
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8 comentários:
Ah, mas´esse é um passeio que ainda quero fazer.
Adorei sua visão, as fotos.
Bj
Que bom que chegou bem!
Tire bastante fotos para nos mostrar!!*))
Abraço.
Olá,
Me chamo marluce e moro no litoral de São Paulo e sigo seu blog a um tempo, (muito lindo por sinal).
Nossa, que viagem, hein! Já fiz uma parecida com essa, com o tumulto, filas, multidão, criança correndo, criança chorando, baixinhos invocados de olhos rasgados gritando etc...
Fui para a China em 2008, Experiência rica tanto em comédias da minha parte quanto em comidas exóticas (digamos assim) da parte do país. Não foi tão diferente não. Mas a Índia é um país com pessoas e costumes muito complexos. Difícil de se acostumar de primeira. Mas tirando esses "perrengues" é um lugar divino. Muito bonito. Passeie bastante e tire muitas fotos. Quero saber de tudo.
Que você tenha uma viagem maravilhosa e experiências menos traumáticas que essa chegada que mais pareceu uma história de um pesadelo kkkkkk.
Um grande abraço. Fique com Deus.
Que recepção desagradável e estressante,mas ainda bem que deu tudo certo tirando o motorista que eu ia me "borrar" de medo dele.
rsrs
É bem legal Pune pelas fotos,um lugar diferente !!
se cuida ai tia ...bjus
Adorei a postagem...e eu pensando em ir para lá...rsrsrsrrs
Abrs Cláudia
http://claudiaroma.blogspot.com
Tia q saudade de vc ,vc faz muita falta aos domingos todos os dias estou com muita saudade de vc,vc me acalma me deixa bem obrigada por tudo,apesar disso tudo tomara q vc esteja divertindo e descansando com sua linda família,e outra pois é tia sai com vc pela quarta vez fiquei feliz um grande beijoo pra vcs todos tudo de bom e feliz ano novo!!!
Esse blog é muito fofo...
Adriana Gonçalves
www.estudioimaginario.com.br
www.adrianagon.blogspot.com
Interessante, observar seu olhar, nas fotos, um certo bom humor, com bom gosto e curiosa também....bjks..Gil
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