Quando a Nila vem dormir aqui em casa eu preparo a mamadeira e me deito junto dela na minha cama. O ritual antes do soninho se inicia com a frase: Era uma vez... Agora que ela já tem dois aninhos ela mesmo diz: "Era uma veixiiizzz." Dito isso, os olhinhos fixam em mim, o cordãozinho da chupeta é engenhosamente enrolado e ajeitado bem abaixo do nariz. A partir desse momento, ela fica na expectativa do que está por vir.
Hoje, a história contada aqui no blog não será para a Nila e, sim, para vocês. Esta é a história do nosso apê. Nele, alguns cantos mostram uma mistura que inclui por exemplo, objetos de design e objetos de lojas de R$1,99, utensílios de laboratórios com rolos de cordões, móveis de design com peças de ferro velho, peças do nosso ateliê Gaaya com peças tiradas de alguma caçamba, até peças antigas com peças contemporâneas... Aprendi há muito tempo a garantir essas misturas para chegar a um resultado que me agrada. A meu ver, a minha casa é como um caderninho de registros, um caderninho de capa de couro vermelho, amarrado com um pedaço de fita de cetim negra, está surrado, com páginas rabiscadas e algumas manchadas, nelas está escrito e armazenado a nossa história. Entre essas páginas, estão presos botões de flores para que eu me lembre daquilo que eu nunca poderia me esquecer... Tudo guardado no refúgio de um caderninho, ou melhor, de um lar.
Era uma vez...
Um corretor, uma família em busca de um apartamento para morar e um imóvel antigo... Mais de meses se passaram até encontrarmos este apartamento. A principio, quando estacionei o carro em frente um predinho de dois andares numa rua totalmente nua, ou melhor, desprovida de árvores, eu disse que não queria entrar. Depois de ter visto vários apês pequenos e com vários outros problemas, desacreditei que este seria interessante e a falta do verde na rua também pesou nesta decisão. Mas minha filha insistiu para darmos uma olhadinha. Pensei: Provavelmente essa não deve ser a rua com menos charme da cidade, e já que estou aqui, porque não?
Subimos as escadas. O corretor nos aguardava com a porta aberta. Ainda de pé diante da porta eu pensei:
Bem vinda ao lar.
As paredes do apartamento estavam totalmente iluminadas pela luz do sol. À medida em que as janelas foram se abrindo uma deliciosa brisa percorreu todos os cômodos.
Depois de explorá-lo, vi que era grande o suficiente, mas pequeno o bastante. Do ponto de vista arquitetônico era antigo, mas sólido.
Foto: Nalini Ruguê
7 comentários:
Com certeza é um encanto de apartamento.
Amo suculentas e esse cantinho está o máximo.
Beijos
Bem,vamos de história,que eu também gosto,rs!
O meu é fã dos Três Porquinhos,que ele já conta sozinho,mas nada que nos livre das 3589093 narrações nossas por dia!
Essa amostra do apartamento só serviu para aguçar mais a curiosidade,não valeu!!Quero mais!!
bjs
Assim como vc tbm amo essa coisa do gasto, soa mais vida, acredito que sua casa deve ser mimo, sou ligada a cheiros e posso imaginar o cheiro da sua casa tão cheia de histórias e vida. Fiquei com gostinho de quero mais,kkk. Lindas suculentas.abraços!!
Amei, muito fofo...
se puder da uma passadinha no meu
http://lardocelarcafofo.blogspot.com.br/
Hola Edilene!! me encantó la foto con esos marcos, cariños!!
Ah, que bom que voltou! senti a sua falta e do bom gosto. Abraço Sussu
Seu blog é bem bacana, com artigos interessantes e inspiradores..Gostei bastante...
Parabéns
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